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→ Link Zoom - https://videoconf-colibri.zoom.us/j/89404291472
ID da reunião: 894 0429 1472
Abstract
Todos os seres humanos partilham uma prática comum, nós consumimos alimentos. Contudo, esta prática difere de lugar para lugar, não só na forma como comemos, mas também como comemos, quando comemos e com quem comemos. Estas diferenças traduzem-se no que identifica a identidade cultural de uma colectividade. Como resultado da guerra na Síria, muitas pessoas fugiram do seu país, e durante a sua diáspora levaram consigo os seus costumes alimentares. Nos locais onde se instalaram, não só conseguiram adaptar as suas práticas alimentares num contexto diferente do seu, como também empreenderam projectos para tornar a sua comida tradicional conhecida da comunidade local. Esta sessão centrar-se-á na forma como as experiências alimentares dos refugiados sírios evocam nostalgia pelo seu passado, reforçando ao mesmo tempo o seu sentimento de pertença a um país que já não habitam. Especificamente, discutiremos as transformações que as práticas alimentares da comunidade síria sofreram, ou não, desde a sua chegada a Lisboa, tanto em relação aos seus pratos, produtos alimentares, objectos de cozinha, experiências sensoriais, como aos costumes que rodeiam a comida dentro das suas famílias e com os seus amigos. A sessãoTambém analisará os desafios que os refugiados enfrentaram nos projectos que empreenderam em torno da alimentação síria, e como as suas práticas alimentares foram assumidas pela comunidade local.
Alan and Ramia Ghunim Tayybeh Restaurant and Quinta do Damasco's founders
De Damasco, Síria, ambos engenheiros informáticos, fugiram do seu país em resultado da guerra e solicitaram o estatuto de refugiados em Portugal há 5 anos. Este casal não só defendeu os refugiados sírios em Portugal, como também empreendeu importantes projetos em torno da comida síria, primeiro com o serviço de catering e atualmente com o Restaurante Tayybeh, e o seu novo projeto 'Quinta do Damasco'. |
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Joana Lucas CRIA-NOVA FCSH
É doutorada em Antropologia (2014) pela NOVA FCSH. É investigadora de Pós-Doutoramento (CRIA-NOVA FCSH), desenvolvendo uma pesquisa sobre os efeitos da patrimonialização da “Dieta Mediterrânica” em Tavira (Portugal) e Chefchaouen (Marrocos). Tem leccionado no âmbito da Antropologia da Alimentação: Antropologia da Alimentação (NOVA FCSH, 2016/2017), Portuguese GastronomyandCulture(CIEE NOVA FCSH, 2019), Ecologia Humana, Nutrição e Doenças Crónicas(DCV, UC 2019-2020), Comida e Cultura: uma Introdução à Antropologia da Alimentação(Escola de Verão NOVA FCSH, 2017-2020) |
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Dora Rebelo
É psicóloga, consultora em saúde mental e apoio psicossocial em projectos humanitários e doutorada em Antropologia. Desde 2015, o seu trabalho tem estado centrado em redes de solidariedade e investigação colaborativa com refugiados e requerentes de asilo. É investigadora associada no CRIA/ISCTE-IUL e tem sido activista e voluntária em associações lideradas por refugiados. |
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Marcela Jaramillo
Tem dedicado a sua vida profissional ao trabalho com o património cultural, principalmente em contextos de conflito armado. O seu trabalho tem-se centrado principalmente no património imaterial, na gestão do risco de desastres, mas também no envolvimento das comunidades locais com o Património Mundial. É membro do Comité Internacional do Património Imaterial do ICCROM, ICICH, e do Grupo de Peritos sobre Migrações da Comissão Europeia. E o seu projeto de doutoramento em antropologia (CRIA-ISCTE) no âmbito do ITN Marie Curie incide sobre as práticas alimentares dos refugiados sírios em Lisboa. |
Língua do encontro:
Inglês
Coordenação:
Inês Lourenço (CRIA-Iscte)
Liliana Azevedo (CIES-Iscte)
Raquel Carvalheira (CRIA-NOVA FCSH)
Vera Rodrigues (CIES-Iscte)